Muitos são os mitos que rondam a amamentação. Porém temos que ter consciência de que são somente mitos e crendices pois atrapalham bastante a saúde do bebê, mamães e toda a sociedade.
Muito se fala em “leite fraco”. Ao ouvir isto fui procurar em livros especializados, autores renomados e estudiosos competentes a opinião sobre este mito. Simplesmente, em todas minhas fontes, todos foram unânimes em dizer: “Não existe leite fraco”. E se pararmos para pensar não existe mesmo. O leite materno contem TODOS os nutrientes necessários para o bebê viver saudavelmente e protegido até seus 6 meses de vida. A mãe deve se alimentar muito bem, com alimentos saudáveis, naturais e que fortaleçam seus sistema imunológico e seu corpo para produzir um bom alimento para seu filho e manter seu gasto de energia normal. A mamãe também deve ingerir bastante água, líquidos pois estes auxiliam na produção de leite. Quanto mais água bebemos mais leite produzimos. Isto tudo eu mesma comprovei na prática. Amamentei até os 6 meses, minha bebê alimentava-se exclusivamente de leite materno. E sempre foi saudável, forte, ativa, esperta e sem gripes/resfriados ou qualquer outra coisa.
Fala-se bastante na “queda das mamas”. As mamas realmente dobram ou triplicam de tamanho durante a gestação e amamentação. Porém, a queda das mamas não é consequência do ato de amamentar. O crescimento e peso das mamas ao se encherem de leite devem ser compensados com o uso de sutiãs com boa sustentação para auxiliarem na manutenção da força das fibras da pele que sustentam as mamas. Este uso deve iniciar logo no início da gestação, pois já há uma enorme transformação nas mamas. E o fator hereditário tem grande participação nesta queda.
Amamentar é difícil. Amamentar é dolorido. A amamentação requer persistência, paciência, doação. Muitas mulheres não apresentam nenhum problema com o início da amamentação. Pois a pegada de seus bebês já é correta na primeira vez. Assim, eles sugam corretamente e não ferem as mamas. Isto tudo contribui para um bom início de amamentação. Por outro lado, quando o nível de estresse da mãe está alto, o bebê não apresenta uma pegada inicial correta, o parto é via cesária fazendo que o leite demore um pouco para descer, as coisas não são tão boas. Neste momento é importante que haja paciência e tranquilidade da mamãe, que também está aprendendo assim como seu bebê.
Alimentação. Neste assunto há uma infinidade de verdades e mitos. São alimentos que dão gases. São alimentos que dão leite. São os famosos alimentos “remosos”. Enfim, um tanto de crendices, verdades e mitos que se deixarmos nos levar ficamos neuróticas. O fato é que tudo o que comemos vai para nosso leite. Não é à toa que muitos remédios são proibidos durante amamentação. Por isso, devemos buscar a alimentação mais natural e saudável possível durante este período. E observar os excessos, pois tudo além do necessário é prejudicial para todos os seres humanos. O certo é que devemos evitar enlatados, adoçantes, produtos artificiais, corantes, excesso de frituras, massas, condimentos fortes, bebidas gasosas, álcool, fumo e medicações sem orientação médica.
Uma dica de boa alimentação para amamentação. Alimente bem sua alma. Com pensamentos positivos, boas ações, calma, tranquilidade, orações, meditações e otimismo sempre. Imagine que o que você ingere é um bom alimento, que fortalecerá e alimentará seu nenê com muita saúde, força e longevidade. Que aquele alimento proporcionará o desenvolvimento de todos seus órgãos, suprirá suas necessidades e o ajudará por toda a vida dele.
Fique sempre tranquila, serena e concentrada no ato de amamentar enquanto estiver ali oferecendo a seu filho o melhor alimento que ele ingerirá em sua vida. Observe seu corpo, o corpo e reações de seu bebê. Aproveite todos os minutos deste ato. Vivencie isto. É muito bom. Não tem como descrever o que sentimos.
Amamentar é vida.